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Foto ilustrativa - Agencia Brasil |
O Ministério da Saúde alerta
aos pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a
menores de um ano de idade para municípios em situação de surto ativo do
sarampo no país.
A recomendação é que todas essas crianças, nesta
faixa etária, sejam vacinadas contra a doença, no período mínimo de 15 dias,
antes da data prevista para a viagem. Além de proteger, a medida de segurança
pretende interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.
Atualmente, 39 cidades em três estados brasileiros se mantém com surto ativo,
ou seja, com crescimento do número de casos confirmados da doença. São
eles: São Paulo, Pará e Rio de Janeiro.
A chamada “dose zero” não
substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de
vacinação da criança. Assim, além dessa dose, os pais e responsáveis devem
levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade;
e aos 15 meses para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.
É importante destacar que a vacinação de rotina das crianças deve ser mantida
independentemente do planejamento de viagens para os locais com surto ativo do
sarampo ou não. É importante ressaltar ainda que toda pessoa, de um ano a 49
anos de idade, deve ter duas doses da vacina contra o sarampo para ficar
protegido contra a doença.
Para interromper a cadeia de
circulação do vírus do sarampo, o Ministério da Saúde em parceria com os
Estados e Municípios estão realizando diversas ações, entre elas, o bloqueio
vacinal seletivo e ações de rotina de vacinação; e campanhas de vacinação para
a população de 15 a 29 anos de idade, esta última, em alguns municípios.
A recomendação do Ministério da
Saúde em vacinar as crianças de seis meses a menores de um ano de idade, que
irão se deslocar para municípios que apresentam surto ativo de sarampo, deve
ser mantida até 90 dias após o último caso confirmado de sarampo. O ministério
informará aos estados oportunamente o momento em que a vacinação de crianças
menores de um ano de idade deverá ser descontinuada.
Cabe aos estados divulgar
amplamente a orientação para os serviços de saúde a fim de oferecer proteção
oportuna para a população, especialmente as crianças menores de um ano de
idade. Além de garantir a vacinação de rotina às crianças já residentes nas
localidades de surto ativo de sarampo.
PANORAMA SARAMPO
O Ministério da Saúde
registrou, entre os dias 5 de maio a 3 de agosto de 2019, 907 casos confirmados
de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e
Bahia (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,4 por 100.000
habitantes.
O país vinha de um histórico de
não registrar casos autóctones desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram
dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e
Pernambuco, com 1.310 casos.
Os surtos foram controlados com as medidas de
bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do
Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
O Brasil
perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, empreende todos os
esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da
vacinação contra o sarampo. Manter altas e homogêneas coberturas vacinais na
população é a única forma de evitar a transmissão da doença.
A pasta também tem atuado
ativamente junto aos estados e municípios no enfrentamento do surto de sarampo
desde dezembro de 2017, quando o Brasil foi notificado do surto na Venezuela.
Para isso, manteve equipes técnicas e treinadas nos estados com transmissão da
doença para acompanhar as ações e prestar orientação no enfrentamento do
sarampo.
O Ministério da Saúde enviou
aos estados, neste ano, 12,1 milhões de doses da vacina tríplice viral para
atender a demanda dos estados, já está incluído o quantitativo utilizado nas
campanhas de vacinação contra o sarampo realizada em 19 municípios do estado do
Pará e na cidade de São Paulo.
Até o momento, diante do atual
cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas
adicionais de vacinação contra a doença, em outros locais, considerando que
esta ação já está sendo realizada nas áreas onde há circulação do vírus
atualmente.
Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a
vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS, conforme as
indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação
são estimulados a buscar a sua população não vacinada para a devida
atualização.
Cidades
no Pará com surto ativo de sarampo (mantém crescimento do número de casos
confirmados da doença) até 26/07/2019
Pará
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Monte Alegre
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Santarém
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Porto do Moz
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Prainha
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Fonte: Ministério da Saúde www.saude.gov.br |
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