quarta-feira, 31 de julho de 2019

MPF investiga situação de presos federais e indígenas na rebelião de Altamira (PA)


Foto/divulgação - MPF
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para investigar a situação de presos à disposição da Justiça Federal e presos indígenas que eventualmente estejam custodiados no Centro de Recuperação Regional de Altamira (PA), onde uma rebelião na última segunda-feira (29) resultou na morte de 57 detentos, o maior massacre em presídios em 2019.


O inquérito foi instaurado ainda na segunda-feira, e na mesma data o MPF encaminhou ofícios à Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) e à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), requisitando informações sobre a situação desses presos.

Nos ofícios, o MPF requisita que seja informado o número consolidado de presos vinculados à Justiça Federal e presos indígenas custodiados no presídio, e se houve mortes desses presos ou violência física ou moral contra eles.


Infográfico: G1 Pará
O MPF requisitou, ainda, informações sobre quais são as providências adotadas para a garantia da integridade física e moral dos presos custodiados no Centro de Recuperação Regional de Altamira.

Assim que receberem os documentos, a Susipe e a Segup terão prazo de cinco dias corridos para apresentarem as respostas.


A instauração do inquérito civil faz parte da atuação do MPF de acompanhamento do sistema prisional, vinculada à 7ª Câmara de Coordenação e Revisão da instituição, com o objetivo de garantir à sociedade a efetiva e correta execução da pena, tendo em vista suas finalidades, e a preservação dos direitos e garantias do apenado, nos termos da lei e da Constituição Federal.


O MPF requisitou, ainda, cópias dos laudos periciais cadavéricos e de corpo de delito de cada uma das vítimas, informando sobre eventual vinculação das vítimas com facções criminosas que atuam no Pará.





Com informações do MPF

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Festival da Tapioca na vila de Boa Esperança terá shows, corrida de fubicas e público esperado de 18 mil pessoas

Farinha de tapioca sendo produzida

 Mais de 18 mil pessoas são esperadas na 19ª edição do evento, nos dias 3 e 4 de agosto; veja a programação completa abaixo.

Mais de 18 mil pessoas são esperadas na 19ª edição do Festival da Tapioca, nos dias 3 e 4 de agosto, na vila de Boa Esperança, a maior colônia agrícola produtora da mandioca em Santarém, no oeste paraense. O evento tradicional marca também o aniversário da vila, que este ano completa 58 anos.

Boa Esperança se destaca pela grande produção de grãos como a soja, o milho e o arroz. Também é famosa por concentrar paraenses e famílias de migrantes do Centro-Sul do país. O desenvolvimento social e econômico da vila deu origem ao festival, que celebra conquistas e cultura dos moradores.

O Festival da Tapioca destaca a produção anual dos agricultores e incentiva a implementação de práticas e técnicas agrícolas que fortalecem a cadeia produtiva na região. O evento ainda aproxima quem vende e que compra a tapioca, responsável por gerar emprego e renda para muitas famílias.

O plantio da soja, milho, arroz e mandioca ganham destaque a cada ano. Quase 70% das famílias produzem a farinha tapioca, que é vendida dentro e fora do estado. A união de gaúchos com paraenses favorece o desenvolvimento econômico e social da comunidade.

Atrações

 A programação reúne concurso de rainhas, shows musicais, corrida de fubicas e a tradicional churrascada gaúcha. O astro pop do brega, Wanderley Andrade, e a banda Bagaçeiros do Forró, de Manaus (AM), estão entre as atrações. (Veja abaixo a programação, horários, valores de ingressos e como chegar)

Churrascada Gaúcha
Churrascada gaúcha, prato típico local

 O churrasco é prato típico da culinária gaúcha. É por isso que o Festival da Tapioca aposta na churrascada gaúcha para receber bem visitantes e turistas. E como o paladar é o mais fino dos sentidos, tudo deve estar no ponto: carne boa, cuidado com o fogo, facas e até os instrumentos para assar.

Corrida de Fubicas
A famosa fubica ou poc poc, atração do evento

A corrida de fubicas anima moradores e visitantes. As fubicas (também chamados de poc-poc) são veículos motorizados de fabricação artesanal, que começaram a ser utilizados pelos agricultores para o transporte da mandioca dentro da vila. Alguns carros ainda são utilizados até hoje pelos moradores.

O festival é organizado pela Associação de Moradores da Comunidade Boa Esperança. A estrutura da festa conta com palcos para shows e apresentações culturais, tendas com bebidas e comidas, arena para corrida de veículos e estacionamento para carros e motos.

Como chegar

É possível chegar em Boa Esperança apenas por via terrestre. A vila fica no km 43 da rodovia PA-370 (Santarém/Curuá-Úna). A estrada é toda asfaltada e sinalizada, mas existem trechos com buracos e sem acostamento, segundo os motoristas. A viagem de carro dura em média 45 minutos, saindo de Santarém.

Vila e Boa Esperança, terra da tapioca


Programação oficial

03/08 (sábado)

18h00 - Carreata de abertura
19h00 - Solenidade e benção
20h00 - Escolha da rainha do festival.
22h00 - Show com Fabrício do Acordeon
00h00 - Show com Bagaceiros do Forró
02h00 - DJ Dentinho

04/08 (domingo)

09h00 - Torneio de dupla (masculino e feminino)
11h30 - Tradicional churrascada gaúcha
14h00 - Corrida de Fubica
15h00 - Show com Fabrício do Acordeon
17h00 - Bingão com premiação em dinheiro
18h00 - Show com Wanderley Andrade
20h00 - Encerramento do evento

Ingressos shows:
Shows de sábado: R$ 10,00 (pista); R$ 15,00 (vip); R$ 80,00 (Mesas)
Shows de domingo: entrada livre


Colaborou: Adonias Silva - Jornalista, correspondente do Pará Trip em Santarém.
Fotos: Adonias Silva, Larissa Schmitt, Marcos Hubner e Aritana Aguiar.


terça-feira, 30 de julho de 2019

Santarém recebe Caravana da Negociação e ação de troca de geladeiras

Foto/divulgação - Celpa


A partir desta terça-feira (30) até sexta-feira (02/08), na Praça Barão de Santarém (São Sebastião), a população poderá participar da Caravana da Negociação – Muito Melhor Pra Você. 

A ação da Celpa oferece propostas mais flexíveis para clientes quitarem débitos junto à concessionária. Outros serviços comerciais da empresa também serão oferecidos na ocasião. O horário dos atendimentos será de 8h30 às 12h e de 14h às 17h.

O cliente que participar da Caravana poderá fazer a inscrição no CadÚnico e ter o direito de participar do Programa Tarifa Social para pessoas de baixa renda e ter descontos de até 65% na conta de energia. 

O projeto também fará a troca de geladeiras ineficientes por equipamentos novos. No total, serão 120 refrigeradores. Ainda serão disponibilizados vários serviços comerciais da empresa, como é caso da troca de titularidade, pedidos para ligação nova, desligamentos de unidades consumidoras, entre outros.

O mutirão também possibilita aos clientes fazer a troca de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes compactas por lâmpadas de LED, que chegam a representar uma economia de 80% na iluminação residencial. Para fazer a troca é necessário levar documento de identificação e a última fatura paga da conta de energia.

TROCA DE GELADEIRAS 

A Caravana encerrará com o projeto de eficiência energética que irá trocar geladeiras usadas, e em mau estado, por novas. De acordo com a executiva da área de Relacionamento com o Cliente da Celpa em Santarém, Sulamita Pereira, poderão participar apenas os consumidores inseridos no Programa Tarifa Social de Energia Elétrica.

O cadastro será realizado a partir desta terça (30) e prossegue até quinta-feira (01). O sorteio será realizado na sexta-feira, dia 02. “Serão sorteadas 120 geladeiras. O consumidor deve estar categorizado como cliente baixa renda na Celpa e estar com a sua situação regular com a empresa. Para concorrer, ele deve apresentar documentos como RG, CPF e cópia da última fatura de energia paga”, explica a executiva.

SERVIÇO: CARAVANA DA NEGOCIAÇÃO E TROCA DE GELADEIRAS - SANTARÉM

PERÍODO: 29/07 A 02/08/2018
HORÁRIO: 08h30 às 12h/ 14h às 17h
LOCAL: Praça Barão de Santarém (São Sebastião)
30/07 A 01/08 – Cadastro com consumidores aptos a participar do sorteio
02/08 – Sorteio dos clientes contemplados com novas geladeiras
04/08 – Entrega das geladeiras aos clientes


Com informações da Ascom/Celpa


segunda-feira, 29 de julho de 2019

Ações do MPF no Pará apontam provas do completo descontrole da cadeia econômica do ouro no Brasil

Área de garimpo ilegal em que Ibama desativou máquinas de mineração na Terra Indígena Munduruku, no Pará, em maio de 2018 (créditos: Vinícius Mendonça/Ibama, em licença CC BY-SA 2.0, via Flickr), via Ascom MPF-PA.


Uma investigação inédita para esmiuçar o funcionamento de uma das maiores empresas compradoras de ouro no maior polo da mineração ilegal no Brasil, a bacia do Tapajós, no sudoeste do Pará, resultou em um retrato do completo descontrole do país sobre essa cadeia econômica, responsável por prejuízos financeiros, sociais e ambientais de proporções devastadoras.

Coletadas durante três anos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF), uma série de provas do quanto é frágil a regulamentação e a execução do papel fiscalizador do Estado foram reunidas em duas ações propostas pelo MPF à Justiça Federal em Santarém em maio e julho deste ano.

Uma ação, na área criminal, foi ajuizada contra os responsáveis por um posto de compra de ouro da empresa Ourominas em Itaituba, acusados de formarem uma organização criminosa para fraudar documentação e, assim, “esquentar” (acobertar) a origem clandestina do ouro. Só entre 2015 e 2018, o grupo fraudou a compra de 610 quilos do minério, causando um prejuízo de R$ 70 milhões à União.

A outra ação, na área cível, foi proposta contra a Agência Nacional de Mineração (ANM), a União, o Banco Central, o posto de compra e a Ourominas. Nessa ação o MPF cita, pela primeira vez, trechos de um manual de atuação da instituição para o combate à mineração ilegal. 

O documento foi elaborado pela força-tarefa Amazônia do MPF, integrada por procuradores da República de todos os estados da região, que fizeram um diagnóstico aprofundado sobre os problemas, indicando soluções para a questão.

Procedimentos de controle arcaicos – Como ainda não contam com um sistema informatizado, os procedimentos atuais para o controle da compra, venda e transporte do ouro são um campo fértil para fraudes.

As notas fiscais são preenchidas manualmente, à caneta. O máximo de tecnologia exigido pela legislação para a confecção dos documentos da cadeia do ouro é a máquina de escrever e o papel-carbono. As notas fiscais em papel ficam estocadas com os compradores. Não há nota fiscal eletrônica, não há acesso automático às informações pelo poder público, e muito menos cruzamento de dados.

A atividade garimpeira sequer é definida de modo claro na legislação, permitindo que a atuação de uma empresa mineradora de porte industrial tenha seus impactos considerados equivalentes à atividade de um garimpeiro artesanal.

Não há limites para a emissão de autorizações de exploração de lavra: uma mesma pessoa ou cooperativa pode ser detentora de quantas permissões de lavra conseguir registrar em seu nome.

Também não há controle sobre o uso das permissões de exploração, facilitando muito o “esquentamento” do ouro clandestino. As permissões continuam em vigor mesmo que as áreas não tenham sido exploradas, ou que seus detentores não apresentem relatórios de produção, ou que apresentem relatórios zerados ou incompatíveis com a quantidade de minério indicada em notas fiscais.

A legislação prevê a criação de um sistema de certificação de reservas e de recursos minerais. No entanto, o sistema ainda não está criado. Houve consulta pública no final de 2018, e a avaliação das propostas está a cargo da ANM.

O sistema deveria servir para subsidiar a formulação e implementação da política nacional para as atividades de mineração, fortalecer a gestão dos direitos e títulos minerários, consolidar as informações relativas ao inventário mineral brasileiro, definir e disciplinar os conceitos técnicos aplicáveis ao setor mineral, entre outras funções.

Riquezas saqueadas – A Amazônia brasileira já tem mais de 450 áreas ou pontos de mineração ilegal, registra o relatório Amazônia Saqueada, publicado no final do ano passado por pesquisadores da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg).

Só na bacia do Tapajós são comercializadas ilegalmente 30 toneladas de ouro por ano – R$ 4,5 bilhões em recursos não declarados –, seis vezes mais que o comércio legal na mesma região, segundo informações apresentadas pela ANM em audiência pública realizada em abril deste ano na Câmara dos Deputados.

Envenenamento em massa – De acordo com laudo elaborado pela PF e pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), nas águas do Tapajós a mineração ilegal de ouro despeja, a cada 11 anos, o equivalente à barragem da Samarco que rompeu em Mariana (MG) em 2015, destruindo a calha do rio Doce, entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Há estimativas de que até 221 toneladas de mercúrio são liberadas por ano para o meio ambiente pela mineração ilegal no Brasil, indicam estudos preliminares apresentados em 2018 na primeira reunião do Grupo de Trabalho Permanente da Convenção de Minamata sobre Mércurio (GTP-Minamata), realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

A Convenção de Minamata é um acordo global para controlar o uso do mercúrio, tendo em vista a letalidade da substância para a saúde humana e para o meio ambiente. Em agosto de 2018 foi publicado decreto presidencial que concluiu a internalização jurídica, pelo Brasil, da Convenção. Com a promulgação do decreto, as determinações da Convenção de Minamata tornaram-se compromissos nacionais oficiais.

O mercúrio envenena principalmente quem trabalha em áreas de mineração ou vive perto delas, como povos indígenas e comunidades ribeirinhas, além da população consumidora do pescado. No ser humano, a substância afeta o sistema nervoso central, causando problemas de perda de visão, de ordem cognitiva e motora, doença cardíaca e outras deficiências.

Urgência sanitária – Na região do Tapajós já foram detectadas alterações cardiológicas e neurológicas em pessoas que têm alto nível de metilmercúrio, relatou na audiência da Câmara dos Deputados o neurocirurgião Erick Jennings Simões, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.

Ele destacou que não há cura para esses problemas originados pela contaminação por mercúrio, e que no Tapajós as pesquisas indicaram que a contaminação tem afetado até mesmo moradores de áreas urbanas distantes da região de garimpo, como os moradores de Santarém, um dos municípios mais populosos do Pará, com cerca de 300 mil habitantes.

Uma das lideranças indígenas presentes na audiência pública, Alessandra Korap, da etnia Munduruku, denunciou que as crianças estão reclamando de dores e que as mulheres grávidas estão sofrendo abortos espontâneos, algo que não acontecia nas aldeias. Segundo o neurocirurgião Erick Jennings, o metilmercúrio consegue atravessar a placenta, podendo causar danos irreversíveis ao feto.

Para pesquisadores do Ministério da Saúde e da Ufopa ouvidos por deputados federais, é “urgência sanitária” o monitoramento clínico e laboratorial das populações submetidas à contaminação de mercúrio na bacia do Tapajós.

Invasão originou ação – A mineração ilegal é um dos principais vetores de invasões a áreas protegidas, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação (UCs). A investigação que deu origem às ações ajuizadas pelo MPF em Santarém, por exemplo, começou a partir das operações Dakji I e II, realizadas em 2016 para combater garimpagem ilegal de ouro na zona de amortecimento da Terra Indígena Zo'é, no município de Óbidos. A zona de amortecimento é uma área de proteção integral.

As operações deram origem a três inquéritos policiais. Em um deles, investigados que atuavam na área conhecida como garimpo Pirarara, na zona de amortecimento da Terra Indígena, relataram que vendiam o minério à Ourominas sem a necessidade de apresentar qualquer tipo de comprovante de legalidade da origem do produto.

Interditados nas operações, os garimpos ilegais foram sucessivamente reocupados por novas levas de garimpeiros, agora em 2019 pela terceira vez. “Este fato denota a dificuldade em se combater a extração ilegal de ouro tão somente a partir do exercício do poder de polícia ambiental in loco nos ‘garimpos’ ilegais. Esta ação civil pública busca promover um reenquadramento da problemática, impelindo os entes públicos a também exercerem sua atribuição regulatória e fiscalizatória sobre elos da cadeia que até então operam à margem do olhar estatal: os compradores de ouro ilegal”, explica o MPF na ação cível.

A ação cível foi assinada pelos procuradores da República Camões Boaventura, Paulo de Tarso Moreira de Oliveira, Ana Carolina Haliuc Bragança, Patrícia Daros Xavier e pelo assessor jurídico do MPF Rodrigo Magalhães de Oliveira. A denúncia criminal foi assinada pelos mesmos membros do MPF autores da ação cível, além dos procuradores da República Hugo Elias Silva Charchar e Antônio Augusto Teixeira Diniz.

Impactos em série – Além dos prejuízos financeiros bilionários para o país, dos graves riscos à saúde da população, e das invasões a áreas protegidas, a mineração ilegal estimula uma série de outros problemas socioambientais: desmatamento ilegal – que já eliminou 20% da cobertura vegetal original da floresta amazônica –, assoreamento de rios, grilagem (usurpação de terras públicas), conflitos agrários, trabalho insalubre, trabalho escravo, tráfico de pessoas e exploração sexual, doenças como malária, leishmaniose, e as sexualmente transmissíveis (DSTs), entre outras consequências.

Na prática – Nas próximas semanas, o MPF vai publicar uma série para resumir como as várias fragilidades do sistema de controle da cadeia do ouro possibilitaram a atuação da organização criminosa denunciada pela instituição.

Também serão descritos os pedidos feitos pelo MPF à Justiça relativos às instituições públicas e às empresas processadas.

O conteúdo integral das ações, com todos os detalhes disponíveis, já pode ser acessado nos links abaixo.

Ação cível: processo nº 1003404-44.2019.4.01.3902 – 2ª Vara da Justiça Federal em Santarém (PA)

Íntegra da ação

Consulta processual


Ação criminal: processo nº 0000244-28.2019.4.01.3902 – 2ª Vara da Justiça Federal em Santarém (PA)

Íntegra da ação

Decisão judicial

Consulta processual




Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem inaugura nesta terça em Santarém

Foto/divulgação - CAMPAP STM

O município de Santarém, no oeste do Pará, ganha um importante reforço na resolução de litígios e conflitos perante a lei.

Inaugura nesta terça feira, 30 de julho, a mais nova filial da Câmara de Arbitragem, Mediação e Conciliação do Estado do Amapá (CAMCAP). O órgão vai funcionar em um prédio localizado na Travessa Assis de Vasconcelos, no bairro Aparecida.

As Câmaras Arbitrais existentes no Brasil são amparadas pela Lei 9.307/96, que prevê a resolução de litígios através de uma justiça privada, em que quem julga são os árbitros, profissionais especializados em diversas áreas e, conforme alteração realizada pela Lei 13.129/2015, as Camarás servem como instrumento auxiliar do Judiciário Brasileiro. 

Sisaque Alício
Presidente da CAMCAP/Amapá
 O presidente da Câmara de Arbitragem, Mediação e Conciliação do Estado do Amapá (CAMCAP), Sisaque Alício, está em Santarém. Ele veio ministrar um curso sobre capacitação em arbitragem e inaugurar a nova filial.

Doutor Sisaque explicou que a nova filial vai auxiliar a desafogar o Judiciário local. “Existe uma demanda de processo muito grande no Judiciário e que pode se arrastar durante anos. Com a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem em Santarém a maioria dos casos pode ser resolvido em apenas uma audiência, sendo que o prazo para que esta aconteça após a entrada do protocolo da ação é de 5 dias úteis”. 

Podem ser solucionados pela arbitragem questões relativas a direitos patrimoniais disponíveis, que são aqueles que podem ser avaliados pecuniariamente e que podem ser comercializados livremente por seus titulares.

Algumas áreas como Cível, comercial, trabalhista, consumidor, imobiliário, condominial e relações comerciais internacionais são algumas das que utilizam a Arbitragem.

A Câmara de Arbitragem, Mediação e Conciliação do Amapá – CAMCAP, atua respaldada na Lei Federal 9.307/96, constituindo-se como Câmara Privada Legal e Legítima para, de maneira ágil e discreta, encaminhar soluções para questões envolvendo Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas.

Para auxiliar o órgão nas demandas locais, a CAMCAP promoveu no último final de semana um curso de Capacitação em Arbitragem. O curso intensivo foi realizado no Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES) com aulas teóricas e práticas. Todos que participaram agora estão aptos a atuarem como juízes arbitrais.  

Sobre a diretoria em Santarém 

A Diretora Geral da nova filial da Câmara de Arbitragem, Mediação e Conciliação do Estado do Amapá em Santarém é Márcia Sarraff. É bacharel em Direito, juíza arbitral, correspondente jurídico, especialista em Docência no Ensino Superior.
Tem coaching jurídico, pessoal e Mentoring construção de talentos. Trabalhou na 1ª Vara Cível de Santarém, com vasta experiência profissional. Atualmente cursa pós-graduação em Direito Penal. 
Marcia Sarraff, diretora do órgão em Santarém, Sisaque Alício,
Elisabete Carvalho (vice) e Gamaliel Alício
A vice-diretora é Elisabete Silva de Carvalho, formada em Direito, inscrita na OAB sob n°8580E com experiência profissional. Possui assistência jurídica obrigatória. Qualificação: Juíza Arbitral, pós-graduada em Direito do trabalho e previdenciário. Cursos de Segurança Pública, Assistente Administrativo, Relações Humanas, Encontro Nacional de Direito e Papel do Educador Social em Projetos Sócio Educativo com Criança e Adolescente. 

Pra você entender um pouco mais sobre:

ARBITRAGEM

A arbitragem é um método de resolução de conflitos onde as partes definem que uma pessoa ou entidade privada irá solucionar o seu problema, sem a participação do judiciário.

MEDIAÇÃO

A mediação é um processo voluntário que oferece àqueles que estão vivenciando um conflito familiar, ou qualquer outro conflito de relação continuada, a oportunidade e o espaço adequados para solucionar questões relativas à separação, sustento e guarda de crianças, visitação, pagamento de pensões, divisão de bens e outras matérias, especialmente as de interesse da família.

CONCILIAÇÃO

Conciliação é uma conversa/negociação que conta com a participação de uma pessoa imparcial para favorecer o diálogo e, se necessário, apresentar ideias para a solução do conflito.


Colaborou: Vanessa Pereira/Ascom CAMCAP-Santarém

Professores federais de todo o país debatem futuro da educação superior, em Belém



Mais de 150 professores de instituições federais de ensino superior de todo o país estarão reunidos em Belém, PA de 1 a 4 de agosto para debater o futuro da educação superior pública no Brasil.

O XV Encontro Nacional do PROIFES-Federação acontece em um contexto de ataques às universidades e institutos federais, e tem o objetivo de preparar as ações do PROIFES após o governo federal anunciar o Future-se, programa que pretende privatizar a gestão das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

O presidente do PROIFES, Nilton Brandão destaca que, “Esse encontro acontece em um momento muito delicado para a educação brasileira e precisamos defendê-la. Ao atacar as instituições federais e os docentes, este governo condena o futuro do Brasil. O Future-se é mais um passo nesse sentido. Ele representa a definitiva privatização das federais e quebra da autonomia financeira, e isso não podemos aceitar”, defende o presidente do PROIFES.

Nilton Brandão, lembrando que esta edição do Encontro marca os 15 anos de fundação do PROIFES-Federação.

O XV Encontro Nacional do PROIFES-Federação será realizado de 1 a 4 de agosto, no Hotel Princesa Louçã, em Belém.

Os temas a serem abordados no encontro, são:

- Conjuntura Nacional e as perspectivas dos Movimentos Sociais
- Os impactos das reformas do Estado na Educação brasileira
- Movimento sindical docente: avaliar, resistir e avançar
- O Plano nacional de educação e o financiamento da educação
- Direitos Humanos e suas Perspectivas no Movimento Sindical
- Movimento Sindical e a Ciência e Tecnologia e Inovação

A abertura será no dia 1º de agosto, uma quinta-feira, às 17h30 no Hotel Beira Rio, em Belém.

Com informações da Ascom PROIFES

Rebelião deixa 52 mortos no presídio de Altamira, sudoeste do Pará

Presidio de Altamira (foto da internet)


Detentos do Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRAlt), no sudeste do Estado, iniciaram uma rebelião no começo da manhã desta segunda-feira (29) e mataram pelo menos 52 detentos. 

Segundo informações preliminares, os presos fizeram agentes penitenciários reféns e atearam fogo na unidade carcerária. Imagens que circulam nas redes sociais desde as primeiras horas da manhã mostram possivelmente presidiários mutilados e decepados. Em uma das fotos divulgadas nas redes sociais, é possível ver seis mortos que tiveram as cabeças arrancadas e  jogadas no chão da casa de detenção.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) confirmou a rebelião e informou que atua para controlar a revolta dos presos. 

De acordo com a Susipe, a rebelião teve início após uma briga entre organizações criminosas, por volta das 7h, quando internos do bloco A invadiram o anexo. Posteriormente, a sala foi trancada e os presos atearam fogo. A fumaça invadiu o anexo, ocasionando a morte de pessoas por asfixia. 

Atualizando...

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 52 detentos foram mortos, sendo 16 deles decapitados. Dois agentes penitenciários, que chegaram a ficar reféns, foram liberados.

Segundo a Susipe, a rebelião foi provocada por briga entre organizações criminosas, iniciada por volta das 7h, quando internos do bloco A invadiram o anexo.

Em nota, a Susipe informou que “três internos de uma das organizações foram mortos e dois agentes da Susipe feitos como reféns. Posteriormente, a sala foi trancada e os presos atearam fogo. A fumaça invadiu o anexo, ocasionando a morte de pessoas por asfixia".



Saiba mais:



domingo, 28 de julho de 2019

Ufopa: Inscrições para Mestrado em Ciências da Sociedade com vagas para alunos especiais, só nesta segunda e terça

Foto: Divulgação Ufopa (internet)

O Programa de Pós-Graduação em Ciências da Sociedade (PPGCS) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) lançou no último dia 24 de julho, a chamada pública para seleção de alunos especiais para o mestrado.
As inscrições ocorrem nesta segunda e na terça (29 e 30 de julho) na Secretaria do PPGCS, situada na sala 214 da Unidade Amazônia, no horário das 8h30 às 11h30.
São 12 vagas para as disciplinas: Etnografia; Gestão e Ordenamento Territorial; Direitos Humanos e Socioambientais; Economia e Gestão de Recursos Naturais; Estatística Aplicada às Ciências Sociais; Saberes Locais, Espaços Naturais e Processos Produtivos: Diálogos entre Teoria e Práticas Sociais.
Os candidatos devem ter curso de graduação e podem se inscrever em apenas uma disciplina. Os alunos especiais aprovados na disciplina cursada recebem uma declaração com carga horária, créditos, período e conceito obtido.
As aulas da turma do segundo semestre começam no dia 6 de agosto.

Mais informações na página do PPGCS.
https://sigaa.ufopa.edu.br/sigaa/public/programa/portal.jsf?lc=pt_BR&id=893

Ufopa lança editais dos Processos Seletivos Especiais Indígena e Quilombola 2020

A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), por meio da Comissão Permanente dos Processos Seletivos da Ufopa, lançou os edi...